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O que esta merda minerva II

por Filipa, em 27.08.13
Cristina Ferreira.

Ver ou ouvir a Cristina Ferreira na televisão faz o pior que há em mim transbordar por aqui afora que é uma coisa parva.
Torno-me numa pessoa muito pior quando tenho que assistir a um programa que ela apresenta. Tenho ganas de começar à chapada ao meu gajo quando Cristina Ferreira aflora ao meu plasma. O meu gajo acha graça a este meu ódio de estimação, mas pelo sim pelo não, senta-se lá longe que eu desde que pari, acho que foi da força que fiz eu sei lá, que sinto que algo se partiu cá dentro e quase de certeza que foi o disjuntor da sanidade. Ultimamente a TVI tem dado Cristina Ferreira ao pessoal, tipo veneno: em doses massivamente homeopáticas a ver se quem tem alguma massa cinzenta se habitua àqueles guinchos e à postura que já nos habituou e que na realidade, não cabem em programa nenhum. Não cabem no da manhã, não cabem no da tarde e naturalmente que não cabem na gala de Domingo. Confunde ter graça com brejeirice e até o riso é vazio e forçado. Tem um blog feito de frases de merda.
Pequeninas e redondinhas.
Diz que escrever em pequenos parágrafos é o new black da blogoescrita. 
E ela "escreve".
E eu tenho vontade de pegar fogo às perucas que leva às galas. Tem um bom gosto desgraçado para roupas que não lembram a Jó e só ela acha graça ao circo que monta quando chega a hora de tirar meio vestido. Não entretém, desgasta. Chego ao final dos programas dela com falta de ar, um aperto no peito, acelerada e com cores rosadas nas bochechas. Chego aos finais mais velha, cheia de rugas e dura de ouvido. Havia de processar a TVI pelos danos causados, sobretudo aos de nível neurológico. Não perco um programa de dança e meu coração balança quando minha vista a alcança, mas sou pessoa de amores e a dança está na lista e bendito MEO que me deixa andar com a programação para a frente e assim poupo-me a festivais deprimentes.

O que esta merda minerva I

por Filipa, em 26.08.13
Nereida Gallardo em seu facebook:





Passados 15 dias do nascimento do filho.

Não prometo levar o resultado em conta mas prometo dormir sobre o assunto e, caso seja caso disso, aspergir verve acerca da ideia que tendes acerca da minha obesa pessoa.
Posto isto e mediante consubstanciação, não mais aqui será comentado a minha maneira grosseira, porém carinhosa de às vezes, e só às vezes, mandar alguém para o caralho ou assim.

Updates

por Filipa, em 22.08.13


Continuamos em rotina boa mode.
Como o miúdo nasceu antes do tempo, tenho que o acordar para comer. Não há discussão; de três em três horas a casa acorda. Seja de noite, seja de dia, tuda a gente acorda que eu cá não sou nada egoísta. Não chateia ninguém, come o que tem que comer, arrota logo, a seguir um xóxó (eu não digo que o meu gajo é um anhuca? Isto é a maneira carinhosa que ele encontrou para apelidar as cagadas do filho), uma fralda limpinha e lá vamos nós, quase em voo, para a cama, para adormecer num instante, à espera do novo ciclo. 
Gosto de lhe dar banho à noite, depois da última mama. Às vezes fico confusa porque nunca há uma última mama. Daí a três horas há sempre outra. Designei que a que tem lugar após o jantar é a última e dou-lhe banho antes. É rapaz que aprecia o seu banhinho e tem sempre vontade de uma xixoca (xixi, na lingua materna do pai, o parvalhês) para cima do pessoal e para cima dele inclusive, sem grandes alaridos, gosta do seu creme do corpo, da massagem a que tem direito e de largar o seu peidito quando chego à barriguita. Pelo meio faz sonecas ferradas e para o acordar é que são elas. Olha para mim com uns olhos do tamanho do mundo. Gosta de festinhas nas sobrancelhas e sorri. Mas sorri tanto que é impossível que o faça involuntariamente. O pai diz que sou parva, que é muito cedo, mas eu é que sei e o que sei é que ele sorri porque vê, sente e cheira a pessoa mais importante na vida dele e o enconadinho (se a outra tem um arrumadinho, porque é que eu não posso ter um enconadinho??) fica todo mordido com a importância que ainda não tem e desmonta-me as alegrias desta maneira tão infantil. 
Lentamente as coisas voltam ao seu lugar. Menos o meu rabo e coxas e mamas e borbulhas, porra, tanta borbulha, resumindo, toda eu. Isso acho que vai muuuuuuuuito lentamente. Para terem uma ideia, tive uma borbulha tão grande no pescoço que é um sítio tão bom como outro qualquer para se ter uma borbulha, mas tão grande, que não conseguia mexer o pescoço. Um gajo pensa que depois de parir pode finalmente parecer menos anormalóide ao voltar a sair à rua com as suas amigas, as lentes de contacto, em vez destes óculos lindos de morrer mas que me fazem uma cara de monstro das bolachas que faxavôr, mas afinal não, talvez depois de amamentar. Depois. 
De amamentar.
Depois.
Talvez.
No meio disto tudo, tive finalmente direito ao meu presente por ter parido com distinção que tão cedo não vou poder gozar. Não posso simplesmente voltar ao sítio onde passei a lua de mel e casar de novo enquanto a criança for deste tamanhinho, que Las Vegas não é ali, ao virar da esquina.
Ainda diz ele que quer uma menina já, já. Pudera, não é ele que tem que mamar com a bucha.





Mais perto



Gente invejosa que só estão bem é a embirrar com a moça!
Hoje gluteos nas coxas, amanhã um joelho no pescoço ou um tornozelo na nuca, qual é o problema?

Já me enervaram.

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