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Acho graça às mulheres #2

por Filipa, em 31.07.14
São umas sabichonas, não sei se por via das novas tecnologias aliado ao facto de não terem o que fazer, o que é certo é que quando estas criaturas chegam a mim já sabem tudo, quase que me ensinam, estas maganas. Um gajo tem para ali, cheios de mofo, uma resma de diplomas para nada, muitos deles tirados no estrangeiro e tudo, as bifas dão péssimas modelos e a trabalheira que as orais me deram por ter de as fazer com british accent, soubesse eu desta forma tão consistente de saber que agora floresce nas mulheres, provindo de reviews que bloggers de renome, daquelas influentes e tudo, e tinha gasto o tempo e dinheiro que gastei/gasto em formação em putas e vinho verde, e já lá vão quase 20 anos, imaginem a rambóia. Sucede que as coisas nem sempre correm bem e depois se calhar eu tinha razão, se calhar umas olheiras arroxeadas não vão lá com um corrector rosado, nuns olhos cheios de rugas não é boa onda insistir em sombras brilhantes, que há um lógica para que as texturas não se possam misturar e um gajo pensa que é por isto que cada vez menos se trabalha por vocação e mais por obrigação.

O meu sonho #1

por Filipa, em 30.07.14
é sair-me um prémio qualquer, não precisava de ser muito, só o suficiente para não trabalhar mais para patrão nenhum. Depois, no meu último dia de trabalho, apresentava-me com o meu melhor vestido preto, os meus stilettos mais altos, maquilhagem e cabelos irrepreensíveis, o meu sorriso mais alvo e era ver-me a receber os clientes habituais, os que pedem um café sem princípio, em chávena escaldada e um copo com água fria, ou um descafeínado até meio, em chávena fria e com dois pacotes de açúcar, os das tostas mistas só com queijo, os que pedem para tirar o creme das bolas de berlim com creme, os do galão com descafeínado sem princípio e só até meio com adoçante,  os que se queixam do rock, do pop, do heavy metal, do fado, os que me acusam de não estar com atenção às suas indecisões, os que contrariam as minhas certezas, os que me fazem respirar fundo e revirar os olhos, os que me confundem depois de me ter desdobrado em atenções, os que me menosprezam porque ando de avental sujo com a farinha do pão, os que não me ouvem sequer, os que confundem o meu nome, os que mostram enfado pela minha boa disposição, os que não me levam a sério devido ao meu ar de miúda, os que me aborrecem com os obstáculos não legais, os que tentam fugir às suas obrigações, os que tentam que eu fuja às minhas, recebia-os a todos e enquanto lhes servia o último cafézinho, o melhor, das arábias talvez, com o açúcar mais rico e mais puro, perguntava-lhes:
E no cu, gostas?

Cenas #4

por Filipa, em 30.07.14
A minha chefe não é só a dolorosa soma cotovelo+esquinas, um golpe de calor, uma dor de burro, uns pêlos púbicos mal arrumados numa mini tanguinha, um cão com pulgas, um ataque de ansiedade, uma bandeira vermelha numa praia de 45ºC, a dolorosa soma velhas+topless, blush a mais, uma intoxicação alimentar, pisar uma bosta mesmo antes de entrar para o carro, a Cuca Roseta a cantar fado, acho que já deu para perceber e não, não é.
A minha chefe é muito mais do que isso, sobretudo quando diz que determinado creme lhe protege a pele da agressividade* do tempo.


Acho que ela queria dizer agressões. Acho. Não prometo.

Não percebo #6

por Filipa, em 29.07.14
Alpercatas.

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