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A propósito do Desblogue, um leitor sugeriu que convidasse um blogger conhecido, que é uma espécie de fusão entre a Maria das Palavras e o Factos de treino.
O primeiro a acertar tem direito a um presente.
de vos falar disto:
Não li a revista, lamento, mas a máscara, o núcleo deste post, não faz, nem de perto muito menos de longe, juz ao nome escolhido.
No fim de um mês de utilização praticamente diária, fico feliz por constatar que não, isto não é melhor do que sexo, más experiências à parte. Isto é só uma máscara com um nome giro, cuja utilização inicial nos espanta por ser demasiado liquida e por não conferir nenhum efeito especial. À medida que a vamos utilizando, vai espessando e passa a espantar-nos por se apresentar demasiado espessa para a conseguirmos trabalhar e por não conferir nenhum efeito especial.
O único ponto positivo neste produto é a sua constância; do início da sua utilização até ao final, não espanta, não deslumbra, não nos deixa sem palavras, não nos dá vontade de a usar e torna-se um suplício terminá-la.
Pobre vida sexual, a de quem baptizou esta máscara de pestanas.
Conforme sabeis, inaugurei há atrasado uma rubrica cujo objectivo era dar-vos a conhecer os blogues mais amorosos em que tropeço no meu jogging blogueiro diário. O primeiro foi um sucesso, pese embora o facto de não só não ter recebido da visada sequer uma palavra de agradecimento, como também foi espalhado a todos os ventos que a autora do blog se assustou.
Continuo, portanto, uma incompreendida de sentimentos feridos por quem se caga para pequenos gestos de ternura. Uma pessoa arrisca tanto de si, ao aprofundar o blogolodo, entrar nas catacumbas dos blogues de merda, extrair a sua essência, empandeirá-la para aqui depois de devidamente limpas, vestidas e perfumadas, para depois perceber o quão ingrato o mundo consegue ser. Ainda assim decido levar a minha avante e trazia-vos hoje outra piscina de pensares soberbos e periclitantes, onde vos iríeis decerto, afundar em tanto conhecimento.
Bom.
Penso melhor e arrascunho o texto. Os ânimos andam em constante ebulição e mal o pessoal se descuida, mal dá um peidinho inocente, toma!, bullying cibernético, processo no lombo, assim não dá, reduzem a cinzas a inspiração do artista, nesta fogueira de vaidades.
Em vez de prestar autêntico serviço público, decido trazer a lume, mesmo ali até ao limite do ponto de caramelo, o nosso ponto de vista, o ponto de vista do incauto leitor.
Sim, às vezes sou só leitora e se há coisa que me dói é que não se lembrem que também eu sofro, a um ritmo frenético, de bullying e não vejo ninguém preocupado com isso. Há bloggers que, por força do que têm para oferecer, são um perigo, uma ameaça à saúde pública, para quando legislação que os faça parar?, fica a questão.
Sofro disto, diariamente e em doses mortais, quero ver quem é que se vai chegar à frente, se me der o badagaio:
1) Perseguem-nos constantemente com o péssimo gosto para outfits, sapatos e malas. Uma pessoa abre um post e é todo um festival de luz e cor que se chega a pensar que andam ao despique da pinderiquice. A mais pirosa ganha.
Alguém devia pôr um travão nisto, cada vez estou pior dos olhos.
2) Esmagam-nos com as suas vidas perfeitinhas, filhos perfeitinhos, maridos perfeitinhos e animais perfeitinhos. Alguns nem cagam nem nada. Limitam-se a estar ali, perfeitos.
3) Juntam-se para serem mais fortes e, com isso, matar mais leitores de tédio.
4) Humilham-nos e espancam-no com biqueiradas fatais nos rins da nossa inteligência, com o seu conceito muito próprio de publicidade às claras. É tudo óptimo, útil, barato. Mas tudo sempre muito sincero.
5) Partem-nos ao meio, mesmo ali pela espinha, se ousamos fazer o mesmo. Nós só queremos ser cá da malta, que mal tem seguir os melhores? Nunca percebi muito bem esta exclusividade.
6) Sobe-se-nos a tensão arterial a níveis obscenos, com a repetição da descrição pormenorizada de, por exemplo, toda e qualquer ida à casa-de-banho. Ele é o cheiro, a textura, a consistência, a cor, a posição, a estanqueidade, o peso. De seguida explicam quantas vezes lá foram e porquê. E o que levavam vestido em cada ida.
E o estado de espiríto e a dica do dia em cada vinda.
7) Tiram-nos o ar com os murros certeiros que nos dão no estômago da nossa resiliência. Está bem que ninguém nos obriga a visitá-los, mas não vejo ninguém a castigar quem não consegue desviar o olhar de um acidente.
8) Fazem-nos perder a fé. Aquele dia em que finalmente haviam de nos brindar com um post interessante, pura e simplesmente não vai chegar. Há que encarar as coisas com frieza e pragmatismo, colocar os pés no chão e investir as nossas forças noutras coisas mais viáveis. Eu ando a investir as minhas na descoberta de monstros telúricos, mas a escolha é vasta.
9)
(vou deixar o post em aberto. Sei que há por aí quem esteja a passar pelo mesmo que eu. Há pessoas que desconhecem os limites, há que pôr cobro a este flagelo)
Dizia-me a Gaffe, essa moça cujo blogue e as coisas que nele escreve, me deixam sempre a pensar que sim senhores, afinal o tempo que gasto a ler a blogoesfera, às vezes traz-me mais prazer do que enfado.
"depois eu explico porque o fiz assim", insistia, após todo o trabalho que teve com um dos melhores headers que já tive na minha vida blogocoisa.
´Tá bem, abelha, qual é a pessoa que ouve isto uma série de vezes, percebe a relutância na explicação e consegue ficar sossegada? Eu não, digo já!
Desde o início que eu sabia que o resultado iria ser estrondoso, não me enganei. Esta menina dá cartas não só na escrita, como também nisto dos headers, na simpatia, na disponibilidade e no bom gosto. Eu tive a sorte de ser uma das contempladas.
A M.J. foi a primeira, eu, invejosa, tive de ser a segunda
E a Gaffe explicou e eu respirei fundo. Afinal foram só elogios, onde é que esta moça terá a cabeça, por Jó?
Por favor, não ofendam as putas.