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Este ano

por Filipa, em 31.12.16

 

Fui feliz mais vezes do que estava à espera. Confirmei que escolhi o melhor pai do mundo para os meus filhos. E para o que aí vem. Tive certezas de que caminhos houve, que foram escolhidos e indicados pelo meu pai. Foram os melhores que percorri este ano. Apanhei um susto e agarrei-me com tudo o que tinha, à fé que não sabia ter. O meu trabalho continua a realizar-me, ainda que me tome cada vez mais tempo. Foi o ano que mais me ri com o meu blog e que mais cumpriu o seu propósito. Confirmei as minhas suspeitas de que a maior parte dos bloggers que sigo são psychos. Caminhei mais do que planeei e dormi menos do que precisava. Aprendi que a lealdade está overrated. Que na amizade há hierarquias. Confirmei que os meus filhos são, cada vez mais, a cara do pai e em mesma proporção o feitio da mãe. Fui muitas vezes surpreendida e sempre pela positiva o que quer dizer que este ano ninguém teve a capacidade de me desiludir. Continuo com a adivinhatória postura de não me dar a conhecer a qualquer um. As dores de cabeça que poupo com isso e os sorrisos maganos que se me desenham no rosto, não tem preço. Trouxe as amizades, as que interessam, sempre à mão e as outras onde devem estar, para mais tarde recordar. Transformei mágoa em risota. Percebi que os homens têm uma auto-estima inenarrável atrás de um monitor. E as mulheres também. Revalidei -como se fosse preciso...- que as mulheres são umas putas. Firmei o que me une à única pessoa que trouxe do virtual e que nunca vou deixar.

2016 foi bom para mim.

 

Um testemunho classe superior A:

 

"Mais que as calças de cintura baixa que deixam ver cuecas, mais que unhas de cores duvidosas, sapatos inenarráveis, saias curtas em quem não tem claramente pernas para usar saias, quanto mais saias curtas, mais que tops justos que deixam saltar banhas por tudo quanto é sítio, mais que gente cheia de si que vai-se a ver e aquilo é só ar, mais que homens que dizem ter sujado a gravata com o comer ou que põem o casaco nas costas da cadeira às refeições, mais que homens machistas, de todas as coisas que me aborrecem, são as mulheres feministas o que mais abomino. 

Pardon my french mas não há cu que aguente ouvir a conversa das pobrinhas que se ofendem com piropos na rua, que lhes olham para as pernas ou para as mamas, que são gozadas em sendo gordas ou desejadas em sendo bonitas, que ninguém as leva a sério, que são consideradas objectos, que ser mulher é extremamente duro e difícil e mais a puta que as pariu.
Ser mulher é bom que se farta, em não tendo segurança para sustentar os olhares provocados por um bom decote é tapar as mamas, que isto de se ser desinibida é mais que mostrar pedaços de corpo. E escusam de vir cá com merdas, os tipos também têm problemas, também são gozados em sendo gordos, desejados em sendo giros, em calhando também serão apalpados, levam muito mais negas que nós, dói-lhes mais em fazendo depilação, fazem a barba todos os dias e têm uma genitália feia que dói. Já para não dizer que, até aparecerem essas parvas que querem ser iguais a eles, ainda tinham de providenciar o sustento do lar, enquanto nós conversávamos com as amigas ou flirtávamos com o professor de ténis.
 
Ah.. e não sabem o que é isso da multiplicidade.
 
Feministas? Ide com os porcos, pá! Ou para a puta que as pariu. Dá-me igual."
 
 
 
 
 
Vinde cá se quereides falar de posts de merda em blogues alheios bem como os danos colaterais que os mesmos causaram. Vinde lá, vá, que eu tenho aqui um minutinho ou dois no bolso da minha filha da putice para gastar e não me consigo decidir com quem.
 

Blogobalanços

por Filipa, em 30.12.16

Antes do pessoal, aqui fica o do blog, sei que querem imenso saber destas merdas, cá vai disto:

 

O post mais lido do ano foi o dos nossos grandes amigos, os ciclistas, aqueles que nunca desiludem, verdadeiros bálsamos para as nossas almas sobretudo quando estamos com alguma pressa e calha a encontrá-los nas estradas mais apertadinhas, seres sempre simpáticos e facilitadores de trânsito, um gosto. Adoro-os, nunca me esqueço deles. 30 795 foram as vezes que este singelo post foi lido. É obra.

Tentei com muito afinco escolher um post para o encaixar aqui na categoria do post que mais gostei de escrever, mas não fui capaz. Com a entrada da Carla, a empregada doméstica, foram tantos e tão divertidos que teria de os escolher a todos para ser justa. Tenho, no entanto, um carinho especial pelo primeiro post do ano. Coisas!

Orgulho-me, efectivamente, de ter escrito esta carta, em forma de post, dirigida aos conas e às conas da blogoesfera. Cada vez mais me cago para os leitores que aqui caem de paraquedas e aos que acham que podem alguma coisa. Isto é meu e para mim. Se tiver mil comentários, boa, se tiver um, porreiro, pá.

Prometi a mim mesma deixar de escrever coisas tristes. Ainda assim este foi o post onde escorreguei. O post do meu aniversário que é sempre o dia do verdadeiro balanço e de grandes resoluções. Foi onde resvalei e por isso o que mais me custou escrever.

O post que queria repetir, seria nada mais nada menos este em que esfrego no focinho de alguém que a qualquer altura do mês -posso estar a fazê-lo neste exacto momento, quem sabe?-, tenho disponibilidade financeira para comprar cremes de mil euros. E quem diz cremes, diz outra coisa qualquer, deixem a imaginação voar. 

O post que mais favoritos teve foi o que falei do novo header que a querida Gaffe me ofereceu, a maldade das pessoas não deixa de me surpreender.

E, por fim, o mais comentado de todos, foi sobre os desequilíbrios hormonais das gordas.

 

Foi um blogoano giro, este.

 

cenas :

Bem faço eu em não pôr cá os cotos

por Filipa, em 28.12.16

 

em verdade vos digo, esta blogoesfera anda um fastio do caralho.

 

 

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Header gentil e adoravelmente cedido pela

Gaffe