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O almoço de hoje queria-se rápido e a desoras. Fui ali à Companhia das Sandes e vai de pedir, para levar, por favor, uma sandocha de atum, e depois fazem-me a pergunta mais estúpida que já ouvi até hoje, no ramo, para acompanhamento, quer gelatina ou batata frita?, uma gaja apanhada assim desprevenida quase que opta pelo ridículo, pela gelatina  mas não, quero batata frita. Tudo enfiado num saco de papel, num saco onde a empresa diz que as suas galinhas são as mais felizes do mundo, por isso é que os ovos são como são, não me imagino a comer ovos infelizes, fico satisfeita por saber destas preocupações. Dei dois passos e decido tirar uma batata frita para ir comendo, quando reparo que está fria, estão todas frias. Volto à loja e digo à menina, que assim não, batatas fritas frias é pior do que cagar um pé todo até ao joelho e ela diz que quando for assim, que diga, que damos umas quentinhas, acabadinhas de fazer.
Digo que sim, pois claro que digo, para a próxima digo que quero batatas fritas quentes. E os ovos cozidos, a salada lavada e o atum morto, já agora.


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