Saltar para: Post [1], Comentar [2], Pesquisa e Arquivos [3]
Decidi que este ano vai ser o ano dA rubrica.
Dá trabalho enquadrar tudo o que tenho a dizer, o leitor não gosta de textos longos e enfadonhos, eu não tenho paciência para andar à roda do que efectivamente quero dizer, olhem, junto assim a fome com a vontade de comer e inauguro hoje, dia em que a bloga está flat, esta rubrica que me toca especialmente ao coração.
A Filipa, chamemos-lhe assim, escreveu isto, na caixa de comentários de um blog, claro, deus nos livre de dizermos o nome da blogger de quem falamos, quanto mais ir ao blog da mesma.
"Lembro-me de uma blogger que se gaba de detestar mulheres, causas de esquerda, e tudo o que é reinvidicação, mas, depois, sentiu-se discriminada ao não lhe permitirem entrar no Cascaishopping, juntamente com outros roqueiros. Escreveu uma carta em que acusava o centro de discriminar com base na roupa. O centro abriria dali a uma hora.
O Pipoco escreve que uma blogger só deveria escrever o que a mãe aprovasse, mas, depois, lista um (suposto) blogger que fala dos prazeres de se vir na cara da namorada.
Não os considero parvos, apenas com falta de ética."
Pronto, e assim, Filipa, chamemos-lhe assim, arrasa com Filipa ou não.
Em primeiro lugar, Filipa, chamemos-lhe assim, vejo ali um claro e grave caso de desatenção relativamente ao que escrevo e isso deixa-me triste, uma vez que aprecio mesmo muito que o mundo pare quando o faço.
O shopping não me discriminou tendo em conta o meu outfit que até ia bastante arranjadinha bem como as pessoas que estavam na rua acompanhadas das suas crianças, tal como os roqueiros, esses seres absolutamente surreais.
O shopping foi contra uma regra que ele próprio criou: abrir ao público às 08h30m. E eu cumpro regras, apesar de tudo. Pelo menos as que me fazem sentido. O shopping colocou pessoas na rua porque e passo a citar: "Por motivos de segurança, manutenção e limpeza do Centro, não nos é possível acolher os clientes dentro das instalações, pelo que têm que aguardar pela aquisição dos bilhetes no seu exterior".
Depois não foi uma hora, foram duas. Se vamos entrar no campo do preciosismo há que fazê-lo a preceito. Se eu lhe aventar dois pontapés na cabeça, não se vai só queixar só de um, pois não?
Estou aqui farta de puxar pelos neurónios que hoje calharam a passar pela casa mãe e não entendo onde foi buscar a ideia de que me gabo de detestar mulheres.
Gabo-me de ter filhos lindos, de gostar de comer e dormir, de ter uma casa fixe, cães de raça, de usar cremes que custam mais do que o ordenado mínimo nacional, de já não ter closet para tanto cosmético, mas de detestar mulheres, não.
Elas é que me detestam.
Eu só me limito a achá-las desnecessárias. Tipo a ébola ou a malária. E obviamente que não estou a generalizar, felizmente existem as claras excepções: a minha mãe, a minha sogra, às vezes a Picante, as minhas blogo-amigas, a Isa, as minhas leitoras cutxi-cutxi, as minhas amigas e eventualmente uma ou outra que agora me esteja a escapar.
Por fim, é com agrado que vejo que a Filipa, chamemos-lhe assim, não teve qualquer problema em identificar o blogger masculino -pá, ó Pipoco, esses costados?-. Em relação a mim, senti ali algum receio em escrever o meu nome e isso deixou-me de sorriso no rosto.
Enquanto as pessoas não tiverem coragem de mencionar as outras nos posts/comentários que fazem, justificam o post "Parvas de Merda", esse clássico, que está para a blogoesfera como o Chanel nr.5 está para a perfumaria selectiva.