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Conforme aqui disse, sofri de um caso de forte desamor com a música aqui há uns tempos e pedi-lhe um tempo. Pá, precisava de espaço para poder avaliar a importância efectiva que ela tinha em mim, e lentamente estamos a refazer o nosso caso, que até então tinha sido de profundo amor e admiração. Já lá vão praticamente dois anos em que tentámos inúmeras vezes voltar, mas algo de incompatível não deixava a coisa evoluir. Percebo agora que a única incompatibilidade que existia, era a minha parvoíce extrema, diz que isto de sermos mãe nos dá uma lucidez do cacete e uma perspectiva fixe das cenas. Aliás, isto de ser mãe é uma excelente desculpa para tudo. E percebo-o uma vez que mantenho esta relação quase doentia praticamente desde o berço e nunca nos desiludimos, sempre mantivemos as melhores relações e sempre presentes na vida uma da outra, enquanto que uma gaja dá um pontapé num calhau e de lá saem dez gajos. Se forem casados, com filhos e com a mania que são muito correctos, uma pessoa até jura que descobriu uma nova espécie de cogumelos. Dizem. Que eu cá não sei de nada.
Chego agora à conclusão que não sou maluquinha, na realidade sou só melómana. Até a determinada altura ouvia e dizia que só ouvia rock, dizia que o resto não era música, que não sabia como conseguíeis ouvir o que considerava ser merda, como éreis intransigentes por não me dares razão quando demonstrava, com provas baris, que a minha música era A música, audível em qualquer situação e adaptável a qualquer estado anímico, como estava enganada, Senhor! E sou melómana não porque ache a palavra gira mas porque de facto, a paixão por tudo quanto seja música faz-me sentir viva. Como qualquer ser de bom gosto, deixo-me influenciar pela música. E o meu João também que ainda tão pequeno e já anda armado em parvo e enquanto que com rock só não se aventa daqui de dentro aí para fora porque não calha, com outro género musical, nem tchum. Nada. Não mexe. Não respira. Acho que nem deve mexer os olhinhos, fica só naquela a tentar perceber que merda a mãe inventou agora de fazer. O que vale é que está em muito boa altura de aprender que a vida não é só isto, que há mais, muito mais, para além do rock e eu preciso de saber com que música lhe vou acalmar as paneleirices de que os bébés padecem, e não estou a ver como isso será possível com Megadeth. Enfim, isto de ser mãe é muito complexo e os nove meses de preparação são insuficientes.
Dia 28 vou estar no Campo Pequeno para assistir ao concerto dos UB40 que é banda da minha infância/adolescência e cujas músicas ouvia em looping que eu sou pessoa para querer mais e mais desta vida.
O gajo não gosta que também é todo esquisitinho com estas merdas e gosta é de kizombas e funk, mas eu quero é que ele vá pastar. 
É o primeiro grande passo que dou na recuperação desta relação que um dia já foi perfeita. Desejem-me sorte e se por acaso forem e virem uma gaja toda gira, com ar apaixonado e confiante, tenham cuidado com a minha barriga porque senão ninguém cala o meu gajo e tenho mais dois concertos para ir antes de desovar, ok?

6 comentários

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De Anónimo a 18.06.2013 às 15:41

O pai do teu filho é o Djaló?
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De Filipa a 18.06.2013 às 16:06

Quem?
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De pipinhaeheh a 19.06.2013 às 11:42

Kizomba??? Ninguém merece...
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De Filipa a 19.06.2013 às 12:01

Ninguém merece, porque?...
Já agora gostava de saber. Só naquela.
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De pipinhaeheh a 19.06.2013 às 12:12

Porque eu detesto esse estilo de música. Mas lá está, já o Herman dizia as opiniões são como as vaginas, cada um com a sua :)
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De Filipa a 19.06.2013 às 12:35

Isso também eu dizia até uns posts atrás. Entretanto aprendi duas coisas: ou passei a gostar e ouço, ou não gosto e respeito.

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