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E perguntou-me com aquela carinha de quem está um pouco intrigado: ó tia, vê lá aí se me caiu algum dente, porque dizia ele que quando começou a mastigar o arroz e sentiu esquisito, não deitou sangue.
E não, estava lá tudo, todos os dentes no sítio, mais coisa menos coisa.
Portanto, estamos perante uma criança que anda numa escola pública e derivado do estofo que esta fornece, preparada para lidar com os obstáculos com que a vida o vai brindando, uma criança autónoma, mais do que apta para tomar as suas próprias decisões, vai daí que tudo leva a crer que espetou com o dente debaixo da almofada e que passou a noite a rezar para que a fadinha dos dentes pensasse que o dente era pertença sua e lhe deixasse um presente.
Se andasse no privado, chegava ao pé de mim a chorar, que não sabia o que lhe tinha acontecido, que tinha medo e ainda era capaz de ser preciso mandar-lhe um chapadão no focinho para se deixar de paneleirices.