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Conforme vos disse não sei quando, tenho rasgos de tremenda e absoluta infelicidade na minha vida repleta de alegrias e boas novas, por via de ter decidido começar um regime alimentar como deve ser, à adulto, com regras, com pés e cabeça e com sopa. Puta de sopa, já não aguento aquela merda, quase que me afogo, até me falta o ar a meio, mas tem mesmo de ser e tem estado a funcionar, olá se tem. Um mês após o início e estou mesmo boa. Tenho pena que o verão já tenha ido, senão podem crer que andava para aí a mostrar o quão boa já estou. Imaginem daqui a outro mês. Upa, upa. Mas não foi para me elogiar que aqui estou. Foi para vos pedir para irem dar uma vista de olhos neste link:

https://www.h3.com/pt/sobre.html

Não é preciso ser grande cientista para perceber que o conceito que os senhores do h3 pretendiam passar era o banal hambúrguer em modo gourmet. Ontem, numa mini hora de almoço passei num h3 de shopping e fui muito clara no meu pedido: "Um hambúrguer bem passado e como acompanhamento, esparregado. E é para levar, por favor." Em dois minutos, a magia do gourmet fez-se mesmo diante dos meus olhos que é como a magia sabe melhor. O mesmo gourmet que a tasca ao lado faria só que a metade do preço. A mesma pessoa que recebe o pedido, que regista, que faz o troco, tira um hambúrguer já cozinhado de um recipiente misterioso que fica ao lado dos maravilhosos grelhadores diplomados e aprovados em 72 parâmetros na escola que estes senhores têm nas catacumbas desta empresa, a escola -agarrem-se bem que com esta é que vos vou acertar em cheio no maxilar inferior- da grelha h3. Não estavam à espera, pois não? Ninguém está à espera que um restaurante tenha a sua própria escola de grelha e aprove os seus próprios grelhadores nos mais diversos parâmetros. Mesmo inovadores, estes gajos.

Então, como estava a contar, veio aquele senhor, todo polivalente e pimba!, tira a carne já cozinhada de um tacho qualquer e dois segundos de um lado nos tais grelhadores e mais dois do outro para que o hambúrguer me chegasse quentinho, não vamos querer cá uma cliente a refilar por uma carne fria e sem graça. Desta forma, asseguram de que é servido ao cliente 200gr de carne sem graça, requentada, porém quentinho, isto tem o seu valor, há que dar a mão à palmatória, o peito ao manifesto, o cu às calças e o que mais houver para dar. O esparregado... bom, digamos que o meu João já cagou coisas menos estranhas. Também já estava pronto e saiu de um outro tacho, de certeza também super aprovado  e diplomado. Ali, até a limonada de limão é diplomada, não se iludem. No final disto tudo ainda se gabam de servir o cliente em 30 segundos, e de não perderem um minuto, nem um sorriso. Dizem que gostam de perguntas parvinhas, eu tinha aqui umas para lhes fazer mas ainda estou a chorar os quase sete euros que paguei por um hambúrguer requentado e um esparregado de merda, mas ainda consigo ir buscar forças ao fundo da minha alma para lhes perguntar se irem à merda com este serviço está assim muito fora de questão?

E enquanto enxaguo as lágrimas verifico que isto da vida real tem mesmo tudo a ver com os blogues: não há quem perceba o sucesso que algumas merdas têm.

 

De nada.

Calma, não se acotovelem, há espaço para todos.
A rubrica estava um bocado para o parada porque a máquina fotográfica do meu iPhone, pronto, a do meu gajo, enfim, mas agora já está tudo bem, chegou a magnânima , a que gasta rios de dinheiro em merdas totalmente podres e ainda tem coragem de vir dizê-lo, com o maior dos orgulhos, no seu próprio blog. Qual passar vergonhas sozinha, qual quê?, não há nada mais refrescante do que passar vergonhas online. 
 
Prontos?
Vamos lá então ao primeiro cócó da poia:
 
 
Gel detergente equilibrante, Collistar:

 
 
Como podem verificar está novo. Infelizmente falta-me a resiliência na extensa lista de virtudes que me caracteriza e à primeira contrariedade mando o que me incomoda para trás das costas. 
Isto era para ser um gel detergente equilibrante. Senão me falha a visão é isso mesmo que ali está escrito, mas a senhora dona Collistar achou muito giro esfodaçar isto tudo e tungas!, espetou-me, assim à má fila, com um gel detergente que não é, surpresa!, detergente!! Não são tão giros, estes gajos?? Pá, ahahahahahah é a galhofa quando me lembro de mim a tentar, a tentar e a tentar com que esta merda fizesse espuma e olhem que tentei mesmo muito e nada ahahahahahaha, um fartote isto de ser induzida em erro, para não dizer enganada ahahahaha! Sou pessoa para gostar de espuminha no rosto até o sentir lavadinho. Esta nheca parece um gel, é como misturar água com água, não, obrigada, à merda mais as vossas brilhantes e revolucionárias ideias.
 
 
#2
Curl conscious, Bumble and bumble:

 
 
Não sabem, até porque não disse a ninguém, as putas das voltas que dei até encontrar uma Sephora que vendesse esta marca. Senhores da Sephora, não é fixe nem funcional o pessoal pensar que aquela Sephora que fica mesmo pertinho da sua casa não tem a maior parte dos produtos que as outras lojas têm. Uma pessoa até se sente assim meia posta de parte, socialmente desintegrada, marginalizada até, quase que perde a vontade de andar à cata de Sephoras, até porque, digo-vos já e desculpem se vos firo as sensibilidades, tendes empregadas de bradar aos deuses, por vezes só à chapada.
Corri meia dúzia de lojas até que finalmente encontrei este babe. Trinta euros de pura felicidade, trinta euros de cachos definidos e brilhantes, sobretudo no day after, o pesadelo de qualquer cabelo com tendência a frizz. Trinta euros no ecoponto azul.
Nada. Esta merda não fez nada de relevante. Em contrapartida deixou-me o cabelo todo cagado, duro, um nojo. Substituir o meu gel de linhaça por isto era o mesmo que substituir água oriunda de uma fonte brotante, do éden mais verde e quimérico, engarrafada e servida num restaurante de três estrelas Michelin, por água del cano, no way.
 
 
#3
Óleo extraordinário, L´oréal:

 
 
Tooooooda a net fala deste frasquinho cheio de compostos mágicos e ervas raras, das flores mais coloridas, de especiarias mais exóticas, dos óleos mais excêntricos e delicados, corre o rumor que até uma fada ou outra terá cagado para dentro de cada um dos frascos, O cagalhão, de purpurinas feito, mais extraordinário uma vez que me juraram que a palavra brilho era redefinida de cada vez que alguém bombava uma dose disto.
A minha opinião?, tem um doseador competente e estão os elogios feitos.
 
 
O que uma gaja padece com estes flops da cosmética, por Toutatis!




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