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e com os conhecimentos certos, acho que quem tem telhados de vidros não se devia andar armar em galaró.
Mas isto sou eu, longe de mim querer influenciar alguém.
Acabei de o deixar no colégio e não podia ter corrido melhor: pediu para levar os seus animais de estimação preferidos -com a óbvia aprovação da educadora, que eu não sou cá pessoa para passar por cima de programas educacionais, mesmo dos mais...errr...pronto, vocês percebem- e olhem, trigo limpo, farinha amparo: mal chegou arrancou-me as mochilas das mãos e lá foi ele, todo feliz, sem birras, sem dramas, mostrar a Matilde e o defunto Artur aos amiguinhos de turma -era dia da Matilde comer e cá em casa fazemos questão que os miúdos participem em todas as actividades familiares, inclusive alimentar os bichos, mesmo os que vomitam muito- perante o olhar de terror da educadora, mas hey!, ela deixou, afinal, tudo pelas crianças e a sua adaptação a todo este novo mundo que aparentemente nós, os pais, não tivemos.
Aqui fica, para mais tarde recordar, o primeiro dia de JI do meu João:
Isto de ser mãe não é pêra doce. Felizmente que existe a internet para irmos buscar o saber sempre que nos sentimos encurraladas.
Um dente de alho partido aos bocadinhos e dois cravinhos para dentro de uma base para unhas.
Ficam com as mãos a cheirar ao martelo dos bifes, mas com umas unhas de descascar a tinta das paredes.
Depois não digam que não vos avisei.
tenho aqui a receita de um endurecedor de unhas que vos vai levar à lua.
E trazer de volta.
Comprei-a logo no dia em que saiu. Ia a passar e lá estava ela com uma capa que não lembrava a ninguém e com um preço capaz de envergonhar as Vogues da vida; três euros. Li-a com os óculos postos. Ponho-os sempre que entendo que a coisa é séria, deve ser por isso que nunca os coloco para ler blogues, concluo agora. Aquilo tem para cima de cem páginas, pareceu-me, das quais noventa são pura publicidade. Li com atenção o artigo das mulheres que decidiram mostrar o seu corpo sem pingo de photoshop, também dediquei um pouco da minha preciosa atenção aos novos gelados da Magnum, deixei-os ali a bailar na retina, não me vão escapar, revirei os olhos às já mastigadas pulseiras Pandora, credo!, isto ainda existe?, e ajeitei os óculos para enquandrar melhor a foto do Pedro Teixeira que fecha a revista com chave de oiro, mas daquele oiro pesado e caro, com não sei quantos quilates que até fere a vista tal é o glow. De resto, bom, de resto aproveitei o melhor que pude a revista; o meu Zé ainda é bebé, não lhe chegam os 427 passeios diários, tem alturas que ainda se descuida, maneiras que forrei parte do chão do jardim que lhe pertence com a Cristina. O papel é de uma qualidade excelente e quando embrulho os cagalhões naquele papel super colorido, cheio de roupa e acessórios da moda, papel que transforma meras poias em embrulhinhos cheios de pinta, penso que isto de andar sempre a apanhar as cagadas do cão até tem um certo glamour.