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Poesia a metre XXILCS

por Filipa, em 15.11.16

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Curjetes & pepinos:
 
Um traque tem o ifeito do fermento num bolo de micró-ondas: imbebeda. Por isso prefiro carros de mudanças automáticas, e antes um gole de cerveja mole, que meia rua dura.
Nasci açim, aluada. Ou mostro tudo logo, à partida, ou guardo pra mais tarde, quando grito "surpreeeeeeeeeeeeesa!".
Já tive muitas experiências de vida, já passei por muita coisa, inclusiver possas de lama e cocós de cães de rassa.
Já palminhei muita loja á procura da porra de um cadeirão cor-de-rosa, já comi um bolo rei que vinha sem brinde e sushi sem peiche cru, muito do que senti e vivi, nunca ninguém saberá.
Já passei pelos pacinhos do Algarve.
Se a noite é fria, eu repiu-me. Se o dia me dá calor, faço alimonada. Se encontro pedras no meu caminho, mandoas a quem não existe. Se aquele muro não me sai da frente, aplico-lhe uns golpes bem bons de xong xui fun para o de mover.
Já foram des contra mim, nas ruas, nas lombas e nas contra-curvas mas não tombei. Porque a mim ninguém derruba, que sou comós vidros duplos e aqui não passa nada.
Sou o que sou e eu é que sei. Não relevo, não revelo, não nada.
Da minha solidão nas paragens de autocarros e nas ruas da amargura, eu é que sei.
Todos temos um lado do corpo diferente do outro, não sou exsseção. Mas sou especial por causa do cérebro.
E das ancas.
Gosto de ti.
Queres-me?
Se sim, pisca o olho.
O direito.
Aquele ao lado do esquerdo.
E embaixo da supransselha.
 




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