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Meus fãs, não-fãs, quase-fãs, ex-blogoamigas de uma vida, enfim, auditório:

 

Depois de algum tempo a pensar, cheguei à conclusão que nada mais me resta senão partir.

Partir para ali, acolá, o que é que isso importa?, partir, apenas e só.

Nada mais resta fazer a quem não merece ser lida, como é o meu caso. Errei, reconheço-o aqui e agora neste post que pretende ser um mea culpa, espero que me perdoem, sobretudo a Picante, por ter sido tão má, tão intransigente, tão pouco cristã.

Errei por ter levado aquele post tão a peito, aquela coisinha tão inócua, tão inocente e cândida, aquele esticar de mão de uma blogoamiga, como se de um ataque se tratasse quando, e vejo-o agora com a distância devida, apenas cuidava do meu bem.

Errei por tê-la julgado tão vil ao apagar comentários de outro alguém que se fez passar por minha amiga com o claro intuito de acabar com esta amizade tão linda e verdadeira, em que era chamada de racista e xenófoba e que apenas poderiam ser dessa tal falsa amiga. Perdoa por não ter percebido que apenas o fizeste para apaziguar os ânimos e eu não alcancei a tua bondade.

Errei por ser racista, sim, ao esquecer-me que eu própria sou metade preta.

Errei por ter arrastado todas as minhas blogoamigas de uma vida para este lodo todo em que o meu blog se transformou, tantas horas de riso não podiam augurar nada de bom, já diz a minha mãe "muito riso, pouco siso". Pessoas de bem, habituadas à ligeireza, boa onda e good vibes dos seus blogues e do da Picante, metidas em tamanho lamaçal, tss, tss...

Errei por ter deturpado todas as acções e reacções da picante que se via obrigada a refutar, justificar e desconstruir todas as minhas acusações parvas e sem fundamento e até mesmo as que não lhe fazia. Afinal ela estava apenas a defender-se. Perdão.

Peço perdão aos anónimos queridos da Picante por julgá-los. Afinal eles são seres, alguns são humanos e tudo, com receios e temores, tinham medo de mim, bloggers cheios de certezas de que eu, psicopata armada em cabeleireira da buraca, os perseguisse e espancasse, compreendo agora porque preferiam o anonimato, como errei, meu Deus. Cheios de razão. Aprendi que os anónimos merecem também o chão que pisam e às vezes o ar que respiram.

Errei ao forçar muitos bloggers a fecharem os seus próprios blogues, as suas casinhas que serviam de pequenos e delicados diários virtuais, onde depositavam aquilo que nem às paredes confessavam, errei porque destruí os seus castelinhos de areia, os seus bonequinhos de nuvens, os seus sonhos digitais. Perdão sara, luna, uzzie, e parece-me que me estou a esquecer de alguém. Sei que não é do Cristiano Ronaldo, sei que não é o Macaulay Culkin, sei que não é o Wally, mas não estou mesmo a ver quem seja. Bom, quem for que se acuse que depois mando um gloss Chanel e uma caixinha de chocolates Merci pelo correio.

Errei por ter apontado o dedo à Picante por esta ter apagado um comentário que fizeram sobre uma blogger e que ela, à sua maneira tão altruísta respondeu que se quem o tivesse feito apagasse as considerações à referida blogger, lhe publicava o comentário. Obrigada, Picante por quase teres feito o mesmo por mim e desculpa, errei por não ter percebido o teu timing.

Errei porque não percebi que a Picante pretendia que eu visse mesmo à séria, de uma vez por todas e com a ajuda do público, como o meu blog se estava a desviar da linha que separa os blogues de Classe A, dos blogues da Amadora, que o ying e do yang estavam a ficar bastante desalinhados e o tei-gi coxo, e de como o equilíbrio e a paz são importantes para mantermos os lóbulos dos nossos cérebros proporcionalmente sãos.

Errei pela frieza com que tratei o público no geral, e algumas bloggers em particular. Perdão polo norte, uzzie, sara, Cristiano Ronaldo e mais alguém (se me estás a ler, diz qualquer coisa que agora não fico sossegada). Impliquei muito convosco, não sou conhecida por outra coisa senão por mandar indirectas a outros bloggers, sobretudo os com alguma visibilidade.

Errei porque acusei a Picante de fazer o que eu faço: gozar com os outros. Logo ela, que nunca aplaudiu, incentivou, sequer apoiou nenhum post meu, nem os "cabrões blogoesféricos" nem "as parvas de merda", por exemplo. Aproveito para dizer que nunca lhe pedi autorização para o postar. Se é para expurgar culpas, expurguemos. Fui uma abusadora, cheguei ao blog dela e zás, já foste. Errei. Devia ter pedido autorização. Aproveito também para enaltecer a nobre atitude da Picante ao apagar o post "parvas de merda" porque este magoava luna; afinal esta foi blogoamiga da Picante não de uma vida mas de duas, portanto percebo perfeitamente a dualidade de perspectivas. 

Errei ao não dar a devida importância aos anónimos do meu próprio blog. Os anónimos é que fazem os blogues e o meu morreu porque não os reguei, não os acarinhei, não lhes dei voz nem ouvidos.

Errei por todo o asneiredo que imprimi em toda a minha blogovida. Sujeitei não só a Picante -que como pessoa extremamente bem educada e de lisura irrepreensível abomina tal palavrear- como todas as pessoas que me liam, à vergonha de terem de lidar com palavreado que ninguém gosta, ninguém utiliza, que educação a minha, ahhhh se pudesse voltar atrás...

Por fim, e para que possa fechar o meu blog e ir à minha vidinha de pessoa arrependida e de consciência tranquila, falta-me dizer que só não peço perdão à Isa, que me enganou este tempo todo. Aliás, proíbo-te de aqui vires que é para perderes a mania de me espetares chapadões no focinho quando faço meas culpas.

Pelo menos até ao despiste da Leishmaniose.

 

Adeus a todos, foi muito bom ter andado por cá.

 

 

Snif

por Filipa, em 16.01.17

 

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"A Filipa faz um mea culpa e não só concorda como até diz que está arrependida."

 

 

 

 

 

 

 

 

 

RIP, ironia, que acabaram de te matar. 

 

 

 

 

*ou não

 

 

Captura de ecrã 2017-01-11, às 13.53.48.png

 

A personagem mape achou que ao escrever este comentário eu ia acobardar-me, colocar-me em posição fetal, fechar os olhos e esperar que a tempestade passasse, ao mesmo tempo que disfarçava aqui uma beca a linha editorial ao blogue naquela de me fazer de morta, estão a ver?

Querida personagem mape, nada mais longe da verdade. Sabe que o boneco que ilustra este blogue com tiradas tremendamente engraçadas e assertivas, não anda muito longe da pessoa que o criou. Quero com isto dizer que quando dou um passo em frente, não me retraio perante as respostas que daí resultem nem com as reacções que os mesmos provoquem. Em suma, sou aqui o que sou nas caixas de comentários alheias, em emails trocados com a pessoa mais inesperada, com a/o blogger mais parvo de merda que possa existir. Não tenho de compor bonecos nem disfarçar uma coisa que não sou. Coisas cá minhas, mas uma coisa lhe digo, divirto-me a valer e durmo ainda melhor.

Como viu, o seu comentário viu a luz do dia, benza-o Deus, coisa tão aprumadinha, certeira e redondinha. Pena que tenha caído ao lado. Anda a ver se os nabos lhe escorregam da púcara? Às vezes também me dá para isso, mas conto sempre de antemão que só cairão se alguém do outro lado estiver para aí virado. E acontece que hoje estou, tenho aqui dois minutinhos no meu saco da condescendência, olhe bem a sua sorte.

Primeiramente, eu tinha razão -como quase sempre aliás- "aviso-te já que não vai ser fácil arranjares uma tipa que mereça mais do que dois minutos da minha atenção" isto a propósito do factor "Inveja" que a par do "mal fodida" são dos melhores argumentos para deixar logo fora de jogo alguém que tenha entrado a pés juntos. Tenho, portanto inveja da Picante. Vamos chamar as coisas pelos nomes, é para isso que aqui estamos. Sabeides que aqui não há indirectas nem meias palavras, e vamos fazê-lo em post, para ficardes cientes de tudo e de uma vez por todas e deixardes de me aborrecer com merdinhas de crianças com boquinha aqui e boquinha ali, desculpai lá se não tenho grande paciência para as vossas paneleirices ou para os joguinhos que vos alegra os dias e aquece as noites.

Sinceramente, não percebo onde foram buscar essa ideia que tenho inveja da picante. Ainda se estivéssemos a falar de uma blogger de sucesso que ganha pipas de massa só por tirar as ramelas dos olhos e lavar os dentes logo pela fresca, ou de alguém com aquele jeitinho raro de fazer sorrir quem o segue, sempre que lhe vê o título de um post nos feed. De alguém que verdadeiramente nasceu para a escrita, que brinca com as palavras, que nos transporta para lá da combinação das letras, que nos mostra exactamente onde quer chegar com meia dúzia de linhas, que nos abre a alma e a enche de vontade de ler mais e mais, ainda vá, de contrário o sentimento apresenta-se-me como um imenso e gordo ponto de interrogação, a menos que... Ah, já sei! Tenho inveja das mesas que mostra? 

 

A.mesa natal.jpg

 

Nope, também não.

Podia abrir aqui espaço para debatermos em comentários, quer a beleza quer o preço deste meu magnífico serviço e de como também eu poderia dar workshops de como os talheres não sei quê, e quem diz destes, diz workshops abordando, com alguma profundidade o conceito "amizade", mas sucede que já sou gabarola o suficiente, desde aquele episódio dos cremes de mil euros, que esfreguei na tromba de uma puta de alma, cujo objectivo era -e é- muito claro, mas que se vai deturpando quando nos dá jeito e à medida que nos convém, dependendo se a acha está mortiça ou espevitada. Metam uma coisa nessas cabeças: não há absolutamente nada na pessoa nem em ninguém, que eu inveje. Porquê? Porque tenho exactamente tudo o que quero e preciso.

Depois o "Da Picante, que te mandou à merda e fez ela muito bem". Não deixo as coisas chegarem a esse ponto, criatura. Quem mandou a Picante à merda fui eu e se ela tivesse um pingo de berço que pensa ter, confirmava-o em vez de alimentar especulações de cocó (espero bem que alguém dê valor ao meu esforço em não dizer palavrões. Lá descambo de quando em vez, mas estou muito melhor, não quero que ninguém abra os olhos tarde demais). E mandei-a à merda porque a aspirante a rosinha, cujo blog vive de dizer mal das bloggers de sucesso -Froid deve explicar, não sei- lembrou-se, numa manhã de céu azul e margaridas frescas, de informar o mundo que não gostava do rumo que o meu blog estava a levar, expondo dessa forma uma "amiga" sua e abrindo assim espaço a comentários anónimos e reacções que jamais uma amizade permitiria abrir.

No meu conceito de amizade.

Que enfeitadinho a nenúfares e música clássica, tem paredes sem brechas onde mal entendidos não conseguem criar bolores que invariavelmente se espalham e fazem apodrecer a sua estrutura. Que arejado, limpo e transparente, é o melhor lugar do mundo para se ter conversas privadas que podem muito bem ser opiniões sobre os blogues uns dos outros. Que de tão raro que é, desilude à primeira facada nas costas e manda tudo à merda até apodrecer de desgosto, porque isto de ser "amigo" da Filipa não é fácil, não é pêra doce, não é para fracos nem traidores, não se compadece com desculpas de merda, mentiras, contradições e, já agora, não é Suíço, manda à merda também silêncios cúmplices, silêncios-rebanhos, silêncios de quem presta vassalagem. Maneiras que no final das contas, não foi só a Picante que mandei à merda. Foram todas, tudo a eito, porque a minha vida é muito mais do que o tira e põe nas barrinhas laterais, é muito mais do que não-nos-vamos-pronunciar-porque-não-é-connosco-e-não-queremos-tomar-partidos, dá muito trabalho, é chato e indispõe os ânimos, a minha vida é tão mais do que olhar para o lado e ignorar o óbvio.

E reparem que até estava num dia sim, porque se estivesse num daqueles dias em que chego atrasada cá aos meus destinos derivado dos encontros fortuitos e inusitados com os meus caros ciclistas, tinha-as era mandado todas para o raio que as partisse (e o que eu me desgasto a arranjar alternativas pra prá puta que as pariu, só porque tive a linda ideia de ser socialmente correcta em 2017, foda-se?!)Isto é que teria sido verdadeiramente engraçado, pela parte que me toca, teria sido um fartar de vilanagem sem precedentes, apesar de ultrajante prás meninas de berço que só ouviram destas barbaridades após terem tropeçado em mim e a quem acharam a maior das graças. Depois sentiram-se defraudadas, desiludidas ou o falo que as fornique. Após eu as mandar à merda. EU. Deixem-me ao menos embandeirar em arco o orgulho de ter sido a ordinarona, a malcriada que mandou aquele pessoal todo à merda, sim, pois que toooooda a gente sabe que a picante não diz "merda". Quando muito dirá "fezes". Talvez "excremento". Em dias de grande loucura, talvez um "bodega", mas em bom. Uma bodêga, portanto.

Eu não desiludo ninguém, amigas, eu não me desiludo é a mim mesma.

Sempre fui isto tudo, nunca vos tinha era calhado a rifa, calhou agora, espero que estejam a apreciar. Pela parte que me toca, estou a dar o meu melhor.

E vocês? Contem-me tudo.

por Filipa, em 10.01.17

 

“Nós não somos contra o uso de capacete e até recomendamos. Somos é contra o uso obrigatório do capacete porque consideramos que a sua utilização deve depender da livre vontade de cada um”

 

Os nossos -mais meus que vossos, lamento- amigos licrinhas, dizem não ao uso obrigatório do capacete. Não é por nada assim de muito especial, apenas querem poder decidir quando bater com a cornadura em qualquer um lancil, querem poder raspar com a fronha no alcatrão quando assim o entenderem sem correrem o risco de além de ficarem com o cromado todo f#dido, levarem com uma multa no lombo. Eles querem poder decidir sobre a sua própria segurança e não admitem que esta dependa de terceiros. A imposição no que à segurança diz respeito inibe o pedalar, inibe o verde, a liberdade, o exercício, a vida saudável, a livre vontade de cada um e acho que a polinização também mas não tenho bem a certeza.

Estou solidária, claro. Também acho que o uso do cinto de segurança deveria ser facultativo. Aquilo aperta os peitos a uma pessoa que é uma coisa doida. Imaginem em TPM! Mal suporto roupa, quanto mais um cinto! Imaginem as silicone drivers: uma travagem mais brusca e é ver o investimento de uma vida desalinhado ou até mesmo alojado nos sovacos. Sou contra o IUC. Sou contra a inspecção anual: se o meu carro não está em condições, a culpa é dos buracos na estrada que tenho de mamar porque sou obrigada a dar espaço aos excelentíssimos senhores ciclistas que agora querem andar de cabelo ao vento. Sou contra as multas de trânsito. Se o condutor prevarica, há que apostar no reforço positivo em detrimento do castigo. Estas coisas castram a condução, para quando uma manifestação contra estas ideias de merda, amigos condutores?

Acho que vou à manif dos licras. Sou super a favor deles não usarem capacete, é da maneira que se entretanto falhar a tal distância ou lá o que exigem dos condutores que não cumprem a lei, não me estragam os pneus.

 

 

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