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"A Filipa faz um mea culpa e não só concorda como até diz que está arrependida."

 

 

 

 

 

 

 

 

 

RIP, ironia, que acabaram de te matar. 

 

 

 

 

*ou não

 

 

Captura de ecrã 2017-01-11, às 13.53.48.png

 

A personagem mape achou que ao escrever este comentário eu ia acobardar-me, colocar-me em posição fetal, fechar os olhos e esperar que a tempestade passasse, ao mesmo tempo que disfarçava aqui uma beca a linha editorial ao blogue naquela de me fazer de morta, estão a ver?

Querida personagem mape, nada mais longe da verdade. Sabe que o boneco que ilustra este blogue com tiradas tremendamente engraçadas e assertivas, não anda muito longe da pessoa que o criou. Quero com isto dizer que quando dou um passo em frente, não me retraio perante as respostas que daí resultem nem com as reacções que os mesmos provoquem. Em suma, sou aqui o que sou nas caixas de comentários alheias, em emails trocados com a pessoa mais inesperada, com a/o blogger mais parvo de merda que possa existir. Não tenho de compor bonecos nem disfarçar uma coisa que não sou. Coisas cá minhas, mas uma coisa lhe digo, divirto-me a valer e durmo ainda melhor.

Como viu, o seu comentário viu a luz do dia, benza-o Deus, coisa tão aprumadinha, certeira e redondinha. Pena que tenha caído ao lado. Anda a ver se os nabos lhe escorregam da púcara? Às vezes também me dá para isso, mas conto sempre de antemão que só cairão se alguém do outro lado estiver para aí virado. E acontece que hoje estou, tenho aqui dois minutinhos no meu saco da condescendência, olhe bem a sua sorte.

Primeiramente, eu tinha razão -como quase sempre aliás- "aviso-te já que não vai ser fácil arranjares uma tipa que mereça mais do que dois minutos da minha atenção" isto a propósito do factor "Inveja" que a par do "mal fodida" são dos melhores argumentos para deixar logo fora de jogo alguém que tenha entrado a pés juntos. Tenho, portanto inveja da Picante. Vamos chamar as coisas pelos nomes, é para isso que aqui estamos. Sabeides que aqui não há indirectas nem meias palavras, e vamos fazê-lo em post, para ficardes cientes de tudo e de uma vez por todas e deixardes de me aborrecer com merdinhas de crianças com boquinha aqui e boquinha ali, desculpai lá se não tenho grande paciência para as vossas paneleirices ou para os joguinhos que vos alegra os dias e aquece as noites.

Sinceramente, não percebo onde foram buscar essa ideia que tenho inveja da picante. Ainda se estivéssemos a falar de uma blogger de sucesso que ganha pipas de massa só por tirar as ramelas dos olhos e lavar os dentes logo pela fresca, ou de alguém com aquele jeitinho raro de fazer sorrir quem o segue, sempre que lhe vê o título de um post nos feed. De alguém que verdadeiramente nasceu para a escrita, que brinca com as palavras, que nos transporta para lá da combinação das letras, que nos mostra exactamente onde quer chegar com meia dúzia de linhas, que nos abre a alma e a enche de vontade de ler mais e mais, ainda vá, de contrário o sentimento apresenta-se-me como um imenso e gordo ponto de interrogação, a menos que... Ah, já sei! Tenho inveja das mesas que mostra? 

 

A.mesa natal.jpg

 

Nope, também não.

Podia abrir aqui espaço para debatermos em comentários, quer a beleza quer o preço deste meu magnífico serviço e de como também eu poderia dar workshops de como os talheres não sei quê, e quem diz destes, diz workshops abordando, com alguma profundidade o conceito "amizade", mas sucede que já sou gabarola o suficiente, desde aquele episódio dos cremes de mil euros, que esfreguei na tromba de uma puta de alma, cujo objectivo era -e é- muito claro, mas que se vai deturpando quando nos dá jeito e à medida que nos convém, dependendo se a acha está mortiça ou espevitada. Metam uma coisa nessas cabeças: não há absolutamente nada na pessoa nem em ninguém, que eu inveje. Porquê? Porque tenho exactamente tudo o que quero e preciso.

Depois o "Da Picante, que te mandou à merda e fez ela muito bem". Não deixo as coisas chegarem a esse ponto, criatura. Quem mandou a Picante à merda fui eu e se ela tivesse um pingo de berço que pensa ter, confirmava-o em vez de alimentar especulações de cocó (espero bem que alguém dê valor ao meu esforço em não dizer palavrões. Lá descambo de quando em vez, mas estou muito melhor, não quero que ninguém abra os olhos tarde demais). E mandei-a à merda porque a aspirante a rosinha, cujo blog vive de dizer mal das bloggers de sucesso -Froid deve explicar, não sei- lembrou-se, numa manhã de céu azul e margaridas frescas, de informar o mundo que não gostava do rumo que o meu blog estava a levar, expondo dessa forma uma "amiga" sua e abrindo assim espaço a comentários anónimos e reacções que jamais uma amizade permitiria abrir.

No meu conceito de amizade.

Que enfeitadinho a nenúfares e música clássica, tem paredes sem brechas onde mal entendidos não conseguem criar bolores que invariavelmente se espalham e fazem apodrecer a sua estrutura. Que arejado, limpo e transparente, é o melhor lugar do mundo para se ter conversas privadas que podem muito bem ser opiniões sobre os blogues uns dos outros. Que de tão raro que é, desilude à primeira facada nas costas e manda tudo à merda até apodrecer de desgosto, porque isto de ser "amigo" da Filipa não é fácil, não é pêra doce, não é para fracos nem traidores, não se compadece com desculpas de merda, mentiras, contradições e, já agora, não é Suíço, manda à merda também silêncios cúmplices, silêncios-rebanhos, silêncios de quem presta vassalagem. Maneiras que no final das contas, não foi só a Picante que mandei à merda. Foram todas, tudo a eito, porque a minha vida é muito mais do que o tira e põe nas barrinhas laterais, é muito mais do que não-nos-vamos-pronunciar-porque-não-é-connosco-e-não-queremos-tomar-partidos, dá muito trabalho, é chato e indispõe os ânimos, a minha vida é tão mais do que olhar para o lado e ignorar o óbvio.

E reparem que até estava num dia sim, porque se estivesse num daqueles dias em que chego atrasada cá aos meus destinos derivado dos encontros fortuitos e inusitados com os meus caros ciclistas, tinha-as era mandado todas para o raio que as partisse (e o que eu me desgasto a arranjar alternativas pra prá puta que as pariu, só porque tive a linda ideia de ser socialmente correcta em 2017, foda-se?!)Isto é que teria sido verdadeiramente engraçado, pela parte que me toca, teria sido um fartar de vilanagem sem precedentes, apesar de ultrajante prás meninas de berço que só ouviram destas barbaridades após terem tropeçado em mim e a quem acharam a maior das graças. Depois sentiram-se defraudadas, desiludidas ou o falo que as fornique. Após eu as mandar à merda. EU. Deixem-me ao menos embandeirar em arco o orgulho de ter sido a ordinarona, a malcriada que mandou aquele pessoal todo à merda, sim, pois que toooooda a gente sabe que a picante não diz "merda". Quando muito dirá "fezes". Talvez "excremento". Em dias de grande loucura, talvez um "bodega", mas em bom. Uma bodêga, portanto.

Eu não desiludo ninguém, amigas, eu não me desiludo é a mim mesma.

Sempre fui isto tudo, nunca vos tinha era calhado a rifa, calhou agora, espero que estejam a apreciar. Pela parte que me toca, estou a dar o meu melhor.





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