De Carol Valadares a 21.04.2015 às 10:55
A verdade é que a necessidade de comprovar a amamentação, após um ano, já existe, através da obrigatoriedade de entrega mensal de um atestado médico. Parece-me mais que suficiente. Se os atestados são ou não falsificados, já é outra conversa. Tem graça como os médicos são tão empenhados a tentar travar licenças de amamentação eventualmente falsas, pedindo às mulheres que espremam as mamas à sua frente, mas não tão empenhados em resolver o problema dos atestados falsos passados pelos seus próprios colegas – algo que se arrasta há anoooossss….
De acordo com a lei, nenhuma mulher é obrigada a fazer prova de evidência de leite e, quem exigir o contrário, está em incumprimento. Na minha opinião, exigi-lo, seja de que forma for (prolactina e espremer mamas e afins...) é, de facto, cometer abuso sobre essas mulheres. Apenas a entrega do atestado é obrigatória e mais que suficiente. Agora, se há mulheres que prologam esse direito indevidamente? Pois devem existir. Mas se a coisa funcionasse como deve ser, nunca a licença se prolongaria indevidamente por mais de um mês.
P.S. qualquer dia começam a pedir à malta que comprove que tem a bexiga cheia quando quer ir fazer xixi…!
De Filipa a 21.04.2015 às 11:04
Só o início está errado; a lei não obriga a fazer a prova de evidência de leite, no entanto para dar direito à mulher de usufruir de um horário especial, há lugar a um comprovativo médico. Sem prova, como é suposto o médico agir? Quais os critérios? Se não os há, é normal existirem abusos, afinal, quem não quer estar mais duas horas diárias com os seus filhos? Se os há, é fazê-los.
Mal comparado, eu também não sou obrigada a dar sangue e, no entanto, quando vou às consultas da medicina do trabalho, sou "obrigada" a fazer análises.
De Carol Valadares a 21.04.2015 às 11:21
O início não está errado. É obrigatório apresentar um atestado médico que comprove q se está a amamentar (após um ano). Mas não é à entidade laboral que compete passar o atestado. Neste caso estão em causa enfermeiros e médicos que trabalham em hospitais e, por isso, é natural a confusão. Mas há muitas mulheres que amamentam e não trabalham em hospitais e não são enfermeiras...certo? Como fariam essas? Espremiam as mamas frente aos patrões? Não, claro. Marca-se consulta no médico que, através dos vários métodos que tem à disposição - um deles é a análise à prolactina - comprova que a mulher está a amamentar. Esse atestado é apresentado à entidade patronal, mensalmente. Os critérios existem e, como lhe disse, parecem-me mais que suficientes.
De Filipa a 21.04.2015 às 11:23
Então mas se as visadas são enfermeiras, quem queria que lhes passasse o atestado?
De Carol Valadares a 21.04.2015 às 11:37
É óbvio que quem passa atestados médicos são médicos. Mas não os médicos que são os patrões. Os médicos patrões comprovam a veracidade do atestado passado pelos médicos colegas. Patrões/chefes/pagadores de ordenado/o que lhes quiser chamar - médicos ou não - não devem obrigar mulheres a espremer mamas para comprovar que amamentam. É ilegal e abusivo.
De Filipa a 21.04.2015 às 11:45
Se os médicos que passam os atestados cumprirem com o legalmente estipulado para a atribuição do horário reduzido, óbvio que os médicos patrões não têm de o questionar.
Agora a questão é: Será que cumprem?
De Carol Valadares a 21.04.2015 às 11:56
Exacto. É o que digo no meu primeiro comentário. Note-se que a própria Ordem dos Médicos já veio condenar esta prática. Claro que também condenam a existência de falsos atestados...
De Filipa a 21.04.2015 às 11:58
Foi o que disse no post.
Se há lugar a uma redução de horário, fruto do facto de se amamentar, que se comprove que efectivamente se amamenta.
Se as entidades patronais não se entendem, já é coisa para nos ultrapassar. Agora, fazer prova disso, epá, não poderia estar mais de acordo.
De Carol Valadares a 21.04.2015 às 12:05
Posso não ter percebido bem mas parece-me que, no seu post, a Filipa aprova o que se passou no tal hospital com as tais enfermeiras assim como os tais métodos utilizados. O que é bem diferente de aprovar a necessidade de comprovar que se está a amamentar, conforme o que foi discutido acima.
De Filipa a 21.04.2015 às 12:14
O que digo no post é que se são chamadas a consultas para o provar é porque alguém anda a abusar. Não sabendo quem, paga o justo pelo pecador.
Como em tudo na vida, aliás ;)
De Niki a 22.04.2015 às 13:09
E as milhares de baixas fraudulentas neste país? E olhe que a muito boa gente que consegue que os médicos de família lhes passem tudo... acho que ai também daqui a nada entramos no abuso de ter uma gastroentrite e ter de ir ao médico de família e esperar que vomite a frente dele ou se borre todo para que ele acredite em si...
De Rute silva a 04.07.2015 às 11:23
Pois agora "falou" bem... se o legislador tivesse consciência da importância e da necessidade da presença materna nos primeiros anos da criança, oferecia às mães oportunidade de ficarem em casa, aliás como já acontece nos países desenvolvidos.
De Soneca a 22.04.2015 às 00:26
Estive a ler a notícia no jornal público e parece que a "coisa" se passa entre as profissionais de saúde, que estendem a sua redução de horário por amamentação por 3 e 4 anos ( nem sabia que tal era possível). Parece que a brincadeira não agrada aos que não entram no jogo e têm de fazer as horas das colegas que (não) amamentam.
Ao que parece, a ordenha era uma das opções para fazer prova , a que a senhora enfermeira terá escolhido. Provavelmente porque, tal como eu, vários anos passados desde a ultima amamentação, ainda consegue extrair umas gotas de leite das mamas.
Vou já pedir redução de horário.
De Filipa a 22.04.2015 às 00:34
AHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA
Ó meu deus, isto é uma melhor do que a outra!!!