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disse alguém do sindicato dos enfermeiros, a propósito do caso das enfermeiras que foram convidadas a mostrar que estavam efectivamente a amamentar.

Não vou dizer que este gajo devia mas era estar calado que foi o que me ensinaram a fazer, caso o meu silêncio fosse mais útil do que a minha prosa. Mas vou dizer que não percebo o motivo para toda esta confusão, o celeuma das maminhas, as enfermeiras escolheram o método, tinham mais dois à disposição.

Ah!, o problema é terem de provar que estavam a amamentar! Quê?, acharam mal? Uma afronta? Uma humilhação? Eu não, acho legítimo e só peca por ser tardio.

Humilhação é haver tanto trabalho e pouca gente a pegar nele.


31 comentários

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De Filipa a 21.04.2015 às 11:04

Só o início está errado; a lei não obriga a fazer a prova de evidência de leite, no entanto para dar direito à mulher de usufruir de um horário especial, há lugar a um comprovativo médico. Sem prova, como é suposto o médico agir? Quais os critérios? Se não os há, é normal existirem abusos, afinal, quem não quer estar mais duas horas diárias com os seus filhos? Se os há, é fazê-los.
Mal comparado, eu também não sou obrigada a dar sangue e, no entanto, quando vou às consultas da medicina do trabalho, sou "obrigada" a fazer análises.
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De Carol Valadares a 21.04.2015 às 11:21

O início não está errado. É obrigatório apresentar um atestado médico que comprove q se está a amamentar (após um ano). Mas não é à entidade laboral que compete passar o atestado. Neste caso estão em causa enfermeiros e médicos que trabalham em hospitais e, por isso, é natural a confusão. Mas há muitas mulheres que amamentam e não trabalham em hospitais e não são enfermeiras...certo? Como fariam essas? Espremiam as mamas frente aos patrões? Não, claro. Marca-se consulta no médico que, através dos vários métodos que tem à disposição - um deles é a análise à prolactina - comprova que a mulher está a amamentar. Esse atestado é apresentado à entidade patronal, mensalmente. Os critérios existem e, como lhe disse, parecem-me mais que suficientes.
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De Filipa a 21.04.2015 às 11:23

Então mas se as visadas são enfermeiras, quem queria que lhes passasse o atestado?
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De Carol Valadares a 21.04.2015 às 11:37

É óbvio que quem passa atestados médicos são médicos. Mas não os médicos que são os patrões. Os médicos patrões comprovam a veracidade do atestado passado pelos médicos colegas. Patrões/chefes/pagadores de ordenado/o que lhes quiser chamar - médicos ou não - não devem obrigar mulheres a espremer mamas para comprovar que amamentam. É ilegal e abusivo.
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De Filipa a 21.04.2015 às 11:45

Se os médicos que passam os atestados cumprirem com o legalmente estipulado para a atribuição do horário reduzido, óbvio que os médicos patrões não têm de o questionar.
Agora a questão é: Será que cumprem?
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De Carol Valadares a 21.04.2015 às 11:56

Exacto. É o que digo no meu primeiro comentário. Note-se que a própria Ordem dos Médicos já veio condenar esta prática. Claro que também condenam a existência de falsos atestados...
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De Filipa a 21.04.2015 às 11:58

Foi o que disse no post.
Se há lugar a uma redução de horário, fruto do facto de se amamentar, que se comprove que efectivamente se amamenta.
Se as entidades patronais não se entendem, já é coisa para nos ultrapassar. Agora, fazer prova disso, epá, não poderia estar mais de acordo.
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De Carol Valadares a 21.04.2015 às 12:05

Posso não ter percebido bem mas parece-me que, no seu post, a Filipa aprova o que se passou no tal hospital com as tais enfermeiras assim como os tais métodos utilizados. O que é bem diferente de aprovar a necessidade de comprovar que se está a amamentar, conforme o que foi discutido acima.
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De Filipa a 21.04.2015 às 12:14

O que digo no post é que se são chamadas a consultas para o provar é porque alguém anda a abusar. Não sabendo quem, paga o justo pelo pecador.
Como em tudo na vida, aliás ;)
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De Niki a 22.04.2015 às 13:09

E as milhares de baixas fraudulentas neste país? E olhe que a muito boa gente que consegue que os médicos de família lhes passem tudo... acho que ai também daqui a nada entramos no abuso de ter uma gastroentrite e ter de ir ao médico de família e esperar que vomite a frente dele ou se borre todo para que ele acredite em si...
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De Rute silva a 04.07.2015 às 11:23

Pois agora "falou" bem... se o legislador tivesse consciência da importância e da necessidade da presença materna nos primeiros anos da criança, oferecia às mães oportunidade de ficarem em casa, aliás como já acontece nos países desenvolvidos.

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