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No peso errado

por Carla, a empregada doméstica, em 16.05.17

Ás veses não mapetesse lembrar de nada. Apenas arrecordar-me de tudo.

O futuro já foi, o passado está por advir, resta o resto, arrecordemos as recordações e leccione-mos as lições e comamos os melões.

Sinto calor, mas a minha pele sente sente sente sente frio.

Alguém feche a janela.

Alguém feche a porta.

meta uns choriços porde baixo das portas.

Uma acoberta?

Um bocado da acoberta é tua mas há muito dela que é tua. Ou teu. Ou será que um bocado teu é que é da merda do cobertor? Ou um bocado de mim arrolada na acoberta que é da cheese longa? Ou teu que é meu que é nosso mas nunca deles?

Vinho tinto.

A mais.

Ou então é um pedasso da minha mente que não pesa os pesos que se entrega.

Dizes que afinal o vinho é branco, inscreves-me nos AA e dizes que nem o vinho nem a minha loucura teem teem teem teem teem explicação: o vinho nunca chega para o que quero, serve apenas para regar os pipis e as amoelas.

merda.

 


4 comentários

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De Isa a 16.05.2017 às 19:22

Ò deuses! Carla, voltaste!
E em grande!
Talvez inspirada pelo Salvador, será?
Que poema soberbo, que profundo, que repetição tão melodiosa de palavras, que .. ahh, fadista! Estou emocionada.

Vais instrumentalizar (ou lá comé que se diz) esta preciosidade, ou é o primeiro dos muitos poemas/ textos que um dia hás-de editar e declamar no teu palco?

Estou fã.

Guarda um bocadinho desse vinho pra mim, sff!
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De Troll a 16.05.2017 às 19:57

Ah ah ah ah ah ah! Lindo!
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De fã nº2 da Pipinha (ansiosa para ser nº1) a 17.05.2017 às 11:02

Minha Santa Gustava!!! Ca linda! Ca bom! Ca poeta qués calada!
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De Filipa a 17.05.2017 às 13:19

Ahahahahahahahhaha!

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