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esta malta do sapo, faz lembrar aqueles bairros catitas, muito coloridos e quentinhos, em que uma pessoa mal se está a instalar, já está alguém a bater à porta com um termo de café solúvel e uma tarte de maçã ainda fumegante.
Ora, uma pessoa, apesar do mau feitio, tem de manter boas relações com a vizinhança, não vá dar-se o caso de precisar de alguém e só ter alguém do sapo à mão e porque acho que os vizinhos devem andar todos de mãos dadas e aos beijinhos porque no fundo não passam de uma espécie de primos afastados.
Mentira. A chefe está fora e eu não tenho nada para fazer.
Este veio daqui e veio cheio de regras até às bordas, coisa que, já sabem, adoro. Maneiras que lhes vou passar por cima, com os meus 120 kg e vamos lá ao que interessa:
- Sou muito --> de cagar postas de pescada. Tenho sempre alguma coisa a dizer acerca de tudo, Mesmo que pareça que não acrescente absolutamente nada ao tema, podem crer que é mesmo impressão vossa, o que digo tem sempre o maior dos significados.
- Não suporto --> mulheres, os seres mais estúpidos e ocos ao cimo da terra. As excepções que se acalmem, falo na regra geral.
- Já me zanguei --> com a vida. Andamos a ver se nos entendemos. Isto aos poucos vai lá.
- Quando era criança --> era igualinha àquela miúda que cantava o "eu vi um sapo". Foi devido às vezes que me comparavam à Maria Armanda e me pediam para cantar aquela merda que me tornei rebelde. E quando os meus irmãos me chateavam com isso, espetava-lhes garfos na cabeça. Depois levava no focinho, mas o gostinho de os ver a correr com aquilo espetado...ahhhhh...bons tempos, esses.
- Neste exacto momento --> estou a ouvir nas notícias uns senhores a dizer que vão não sei onde buscar uns refugiados para viverem nas suas próprias casas, que têm muitos quartos e que querem ajudar. Acho muito bem, mas não, obrigada. O único estranho que convive com os meus filhos é o estranho clima de Sintra.
- Morro de medo --> que me falte a força para remar contra a maré.
- Sempre gostei --> de música. De manhã à noite e se pudesse até a dormir a ouvia. E cá em casa é tudo igual. Se quero ter sossego é pôr rock num volume jeitoso e eis uma mãe sossegada nas suas lides. Foi o meu pai que me meteu este vício no sangue, quando me levou ao primeiro concerto aos dez anos e a partir daí me apresentou bandas que ainda hoje fazem parte da minha vida. Não sou esquisita, marcha tudo. Quando o meu gajo chega e ouve música clássica sabe que é um óptimo dia para dizer o mínimo possível.
- Se eu pudesse --> tinha vivido mais o meu pai.
- Adoro --> a minha família. E os meus cães que dormem nas suas camas e fazem vida de cães, são mesmo só animais e não gosto menos deles por isso.
- Não gosto --> de pessoas que fazem de animais, pessoas. São pessoas que têm problemas e sérios. Mais cedo ou mais tarde vão ser daqueles velhos que vivem em casas cheias de gatos que ou se põem a pau ou são comidos por eles.
- Fico feliz --> por ter feito boas amizades aqui na bloga. E com gajas, imagine-se. Mesmo fixes, não as trocava por outras. Quer dizer, preferia que fossem um pouco mais magras e que comessem menos Planta com sabor a manteiga, mas pronto, assim está doce.
- Se pudesse voltar no tempo --> Tinha feito ainda mais tatuagens e mais visíveis para irritar ainda mais o pessoal. Dizer que não se gosta de pretos é racismo, não pode, mas olhar de lado uma pessoa tatuada não tem mal. Os portugueses são mesmo uns patuscos da merda.
- Quero viajar --> no final do ano, aos EUA. Aos anos que ando nisto e devido a algum mistério que me ultrapassa, nunca dá. Ver a árvore de natal no Rockefeller Center, passar o réveillon na Times Square, levar com neve na tromba enquanto aprendo a patinar, não poder com dores nos pés por passar o dia às compras e querer ver tudo outra vez. Tem de ser este ano, vai ser este ano.
- Eu preciso --> de paciência. De preferência acompanhada com uma quantidade jeitosa de sacos, para a ir congelando e ir tirando da arca à medida que for precisando dela, que isto tem dias. Paciência para gente estúpida, que leva isto dos blogues mais a sério do que a sua triste vida; paciência para bloggers-homens que se metem em merdas de gajas -piores do que as gajas, portanto; paciência para quem não suporta a ideia de que meia-dúzia de bloggers-mulheres podem, efectivamente, ser amigas. Dói, mas isso com gelo passa; paciência para quem anuncia aos sete ventos os seus feitos solidários e ao mesmo tempo revela o seu péssimo carácter; paciência para quem destrata quem alimenta e faz crescer o seu próprio negócio; paciência para quem atrofia à entrada nas rotundas mas com isto posso eu bem, afinal tenho um smart.
E pronto, mais um desafio comprido cumprido, não me façam muitas destas que não criei este blog para falar de mim. Fi-lo para fazer bullying e para falar de quem tenho inveja.