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Coxipédia I

por Filipa, em 28.05.17

Singe: presente do indicativo do verbo singir, na terceira pessoal do singular e que é primo afastado do Singer, aquele das máquinas de costura.

 

 

No peso errado

por Carla, a empregada doméstica, em 16.05.17

Ás veses não mapetesse lembrar de nada. Apenas arrecordar-me de tudo.

O futuro já foi, o passado está por advir, resta o resto, arrecordemos as recordações e leccione-mos as lições e comamos os melões.

Sinto calor, mas a minha pele sente sente sente sente frio.

Alguém feche a janela.

Alguém feche a porta.

meta uns choriços porde baixo das portas.

Uma acoberta?

Um bocado da acoberta é tua mas há muito dela que é tua. Ou teu. Ou será que um bocado teu é que é da merda do cobertor? Ou um bocado de mim arrolada na acoberta que é da cheese longa? Ou teu que é meu que é nosso mas nunca deles?

Vinho tinto.

A mais.

Ou então é um pedasso da minha mente que não pesa os pesos que se entrega.

Dizes que afinal o vinho é branco, inscreves-me nos AA e dizes que nem o vinho nem a minha loucura teem teem teem teem teem explicação: o vinho nunca chega para o que quero, serve apenas para regar os pipis e as amoelas.

merda.

 

Chiguei do meu aucílio, amiguinhos!!

por Carla, a empregada doméstica, em 13.03.17

E chiguei num tininho, apenas para vos dizer que as pessoas baichas podem fazer coisas altas e nunca serão homogenizadas, já diz o António Tordo. Tudo significa alguma coisa e alguma coisas significa papel hijiénico mas agora fora de brincadeiras, como raio me borrei toda se o papel estava ali ao pé da mão mais à mão? Como, do nada, sem uma bufa embandeirada e sem um esticão mal dado?

Agora fiquem aí a desdobrarem-se sobre isto que eu vou ali esfregar um roda-ao-pé.

 

Ao meu amor

por Filipa, em 06.12.16
"Vou vadear

Vou Vadear
Até que minhas coxas sejam embebidas em flores ardentes
Vou tomar o sol na minha boca
E saltar para o ar maduro
Vivo
Com os olhos fechados
Correr contra a escuridão
Nas curvas de sono do meu corpo
Entrará em dedos de mestria suave
Com castidade de mar-meninas
Vou completar o mistério
Da minha carne
eu vou ascender
Depois de mil anos
Lipping
flores
E colocar meus dentes na prata da lua"



Tradussão do poema de E.E. Cummings, "I Like My Body When
It Is With Your
", que grassas aos meus estudos consegui traduzir
uma vez que o meu amor não perssebe línguas.

Parabéns amor pelo noço casamento imaginário.
amo-te-nos-vos-eles.

Poesia a metre XXILCS

por Filipa, em 15.11.16

poesia.jpg

 

 
Curjetes & pepinos:
 
Um traque tem o ifeito do fermento num bolo de micró-ondas: imbebeda. Por isso prefiro carros de mudanças automáticas, e antes um gole de cerveja mole, que meia rua dura.
Nasci açim, aluada. Ou mostro tudo logo, à partida, ou guardo pra mais tarde, quando grito "surpreeeeeeeeeeeeesa!".
Já tive muitas experiências de vida, já passei por muita coisa, inclusiver possas de lama e cocós de cães de rassa.
Já palminhei muita loja á procura da porra de um cadeirão cor-de-rosa, já comi um bolo rei que vinha sem brinde e sushi sem peiche cru, muito do que senti e vivi, nunca ninguém saberá.
Já passei pelos pacinhos do Algarve.
Se a noite é fria, eu repiu-me. Se o dia me dá calor, faço alimonada. Se encontro pedras no meu caminho, mandoas a quem não existe. Se aquele muro não me sai da frente, aplico-lhe uns golpes bem bons de xong xui fun para o de mover.
Já foram des contra mim, nas ruas, nas lombas e nas contra-curvas mas não tombei. Porque a mim ninguém derruba, que sou comós vidros duplos e aqui não passa nada.
Sou o que sou e eu é que sei. Não relevo, não revelo, não nada.
Da minha solidão nas paragens de autocarros e nas ruas da amargura, eu é que sei.
Todos temos um lado do corpo diferente do outro, não sou exsseção. Mas sou especial por causa do cérebro.
E das ancas.
Gosto de ti.
Queres-me?
Se sim, pisca o olho.
O direito.
Aquele ao lado do esquerdo.
E embaixo da supransselha.
 




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